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Conselho do Sono Britânico pede o retorno da tradicional sesta

Belo Horizonte, 06 de Novembro de 2001 (Bibliomed). Muitas pessoas dizem que um cochilo rápido após o almoço é uma boa fonte renovadora de energia. Outras acordam ainda mais cansadas quando se deitam por alguns minutos no período da tarde.

A verdade é que a maioria das pessoas que gostam do descanso, mais conhecido em alguns países como sesta, não pode desfrutar dos minutos de descanso devido ao horário inflexível de trabalho.

A partir de um questionário que circulou pela Internet, estudiosos do sono da Universidade Surrey, que empenharam na pesquisa durante dois anos, concluíram que uma boa soneca vespertina pode aumentar a produtividade de trabalho.

Cerca de 12 mil pessoas, principalmente ingleses e norte-americanos, responderam ao questionário pela Internet. Participaram também, em menor quantidade, pessoas da África do Sul, Malásia e Austrália.

Do total de participantes, aproximadamente 41% afirmaram ser mais produtivos no trabalho durante a manhã e 38% apontaram que ao final da tarde estão bastante ativos. A grande maioria, entretanto, disse não estar totalmente alerta por volta do meio dia – o horário da tradicional sesta, bastante respeitada anos atrás nos países europeus.

Os pesquisadores da Universidade Surrey concluíram, depois de estudar as respostas detalhadamente, que o horário de trabalho inflexível das 9 horas às 17 horas não se aplica bem à maioria das pessoas. Tornar a jornada mais flexível, com um intervalo de descanso maior próximo ao almoço, seria um método de aumento de produtividade para os empregadores.

O estudo feito com base no questionário indica também situações que ajudam os britânicos a dormir e relaxar. Foram citados o sexo, um banho morno, ouvir o rádio e beber leite quente.

Baseado na pesquisa, o Conselho de Sono do Reino Unido fez um apelo às empresas e indústrias inglesas para pôr fim ao horário de trabalho fixo, em favor de horas mais flexíveis. No pedido, argumentam que a sesta mediterrânea é a melhor solução e uma saída para o aumento da produtividade.

Na nota, apontam a importância de os trabalhadores seguirem seus hábitos naturais de sono. Em troca, a jornada de trabalho poderia se estender até às 19 horas.

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