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Comportamento sexual varia ao redor do mundo

Belo Horizonte, 10 de Setembro de 2001 (Bibliomed). Uma pesquisa feita pelo Centro de Estudos do Casal de Roma revelou que os italianos estão insatisfeitos com o sexo. Um em cada três, dos 1.300 entrevistados, afirmou que mantém relações sexuais com suas parceiras sem estar com vontade.

Segundo os dados da pesquisa, 58% dos homens rejeitam as relações sexuais por estresse. No entanto, a preocupação em não satisfazer a companheira, o cansaço e o desinteresse também foram fatores que influenciaram o comportamento descrito pelos italianos.

O estudo constatou que as relações, na Itália, duram em média, entre oito e dez minutos. Cerca de 67% dos entrevistados descreveram sonhos eróticos com tendências masoquistas.

No Norte do País, o índice de negativa masculina é superior ao do Sul, onde os homens têm dificuldades em compartilhar os problemas sexuais. Outra pesquisa, feita na Suíça, revelou que oito em cada dez mulheres daquele País gostariam de ter mais relações sexuais com seus parceiros. Mais da metade das 1.700 entrevistadas confessou que já traiu o parceiro.

O comportamento sexual também foi o tema de uma pesquisa publicada pelo psiquiatra norte-americano Martin Kafka, da Universidade de Harvard. O médico, no entanto, constatou um distúrbio contrário ao comportamento adotado pelos italianos: a exacerbação da libido. Em 95% dos casos de distúrbio, os pacientes são homens. As causas do problema são variadas.

Os especialistas acreditam que a doença possa se desenvolver após traumas graves, por carência ou devido a desequilíbrios emocionais durante a infância e a adolescência.

Outra hipótese levantada pelos médicos é de que o desejo sexual exagerado esteja ligado à depressão ou a um distúrbio que provoca ações repetitivas. O descontrole pode ser também apenas comportamental ou, ainda, ter origem genética.

No Brasil, os casais mantêm duas relações sexuais, em média, por semana. A freqüência, lembram os especialistas, depende de muitos fatores e não pode ser considerada compulsiva ou anormal no caso de pacientes que mantêm uma média mais alta.

Terapeutas e médicos orientam que as pessoas têm necessidades diferentes, o que não pode originar rótulos ou ser considerado um vício. Para eles, a linha que separa a compulsão de um ritmo sexual mais intenso é muito tênue.

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