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Bayer é processada por pacientes que usavam Baycol

Belo Horizonte, 20 de Agosto de 2001 (Bibliomed). Uma norte-americana da Flórida está processando a Bayer Corporation sob a alegação de que o medicamento Baycol, produzido pela empresa e usado para reduzir os níveis de colesterol, provocou em seu organismo degeneração muscular e fadiga crônica.

O laboratório, uma unidade americana da alemã Bayer AG, retirou a droga Baycol/Lipobay do mercado há dez dias, depois de identificados efeitos colaterais potencialmente fatais que poderiam provocar o enfraquecimento de células musculares. Até o momento, 52 mortes estariam relacionadas ao uso do remédio em todo o mundo.

A ação civil foi interposta na corte de Leon County a pedido de Melissa Elaine Smith, que fazia uso do Lipobay, desde o ano passado, para o controle do colesterol.

O médico de Melissa suspendeu a droga logo que percebeu os efeitos adversos, mas os sintomas não regrediram. A ação, conduzida pelo advogado Tom Equels, prevê indenização de US$ 15 mil.

Também a família de um homem de Oklahoma, que morreu de insuficiência renal por enfraquecimento muscular após tomar a droga Baycol, está processando o fabricante do medicamento. O processo foi apresentado à Corte do Distrito Oeste de Oklahoma em favor de Steven Sparks, um familiar de Lilbert Sparks Jr.

O Lipobay foi recolhido também das farmácias no Brasil. A Bayer AG tornou pública a ocorrência de, pelo menos, seis casos brasileiros de fraqueza muscular. Nenhum deles resultou em óbitos. Já na Espanha, teria provocado a morte de pacientes.

A cervastatina, princípio ativo do Lipobay, foi mal tolerada por três espanhóis, que desenvolveram rabdomiólise (falência das células musculares) após o uso do medicamento associado ao gemfibrozil.

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