Notícias de saúde

Dobra o número de usuários de drogas em tratamento

Belo Horizonte, 30 de Julho de 2001 (eHealthLA). Em doze meses, o número de pessoas que procurou tratamento no Conselho Estadual Anti-Drogas (Cead), no Rio de Janeiro, cresceu 89,15%. De junho de 2000 até o mês passado, 20.487 usuários de drogas buscaram ajuda médica, enquanto 10.831 estiveram no conselho no período de junho de 1999 a junho de 2000.

O relatório anual do Cead indicou que, pelo menos, 45% das pessoas que foram ao serviço, pela primeira vez, faziam uso de cocaína. "Não podemos falar que o aumento da procura significa necessariamente o uso crescente de drogas na capital do Rio de Janeiro, mas é um indicativo de que muitas pessoas estão precisando de ajuda.

É também um sinal de que situação preocupa", afirmou o presidente do Cead, Murilo Asfora. No ano da criação do conselho, 1998, apenas 2,6 mil usuários de drogas procuraram atendimento.

O levantamento revelou que a maioria dos usuários é da Zona Norte da cidade. Apesar disso, é crescente o número de jovens de classe média da Zona Sul e de usuários com ensino superior completo.

Em relação à classe econômica, o perfil de usuários indica que a maior parte está desempregada ou tem renda de 2 a 5 salários mínimos.

Mesmo sendo pouco significativa em relação ao total de usuários, a quantidade de consumidores de drogas com renda de 10 a 20 salários mínimos dobrou, se comparada à do ano passado.

Ao chegar ao conselho, o usuário é recebido por assistentes sociais. Depois, é encaminhado para avaliação por um psicólogo, que pode recomendar ou não internação, semi-internação, tratamento ambulatorial ou individual – o que depende do quadro do paciente.

Palestras e atividades terapêuticas fazem parte da rotina dos pacientes que precisam ficar internados por alguns dias. Atualmente, o conselho possui uma única clínica com capacidade para 90 internações. Em setembro, será inaugurada uma segunda unidade, em Valença, no interior do Estado, com mais 90 vagas para dependentes químicos.

Copyright © 2001 eHealth Latin America

Faça o seu comentário
Comentários