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Álcool e estradas, uma combinação perigosa

Belo Horizonte, 17 de Julho de 2001 (eHealthLA). Uma boa noite de sono, a revisão do veículo, o estudo do melhor trajeto, um lanche leve. Essas são algumas dicas iniciais para se enfrentar as estradas nessas férias. Pouca ousadia, muita disposição e nem uma gota de álcool são as recomendações médicas.

Afinal, a ingestão de álcool está relacionada a todos os tipos de trauma, na freqüência de 15% a 75% dos casos, afetando principalmente jovens do sexo masculino.

A medicina define por trauma qualquer lesão provocada por agentes externos, entre acidentes de trânsito, violências interpessoais com tiro ou facada, queimaduras, quedas de alturas, afogamentos e etc. No Brasil, o trauma representa a principal causa de mortes na população até 40 anos de idade. São 150 mil baixas a cada ano.

“Bebida e direção formam uma dupla de morte”, foi o lema da Campanha de Prevenção ao Trauma do ano passado, que destacou o e excesso de velocidade como outro inimigo do motorista. O álcool, num primeiro momento, provoca uma sensação prazerosa que faz a pessoa se sentir bem e autoconfiante.

Após a ingestão, 90% do álcool são absorvidos em uma hora, pelo estômago, intestino delgado e, sobretudo, pelo cérebro. Esse último órgão absorve seis vezes mais o álcool que qualquer outro tecido do corpo.

A bebida é metabolizada no fígado e transformada em acetaldeido e ácido acético. No início, a droga provoca a liberação de substâncias responsáveis pela sensação de euforia. Alguns minutos depois, o álcool tem efeito depressor do sistema nervoso central. Surge a sonolência, letargia, redução dos reflexos, diminuição da acuidade visual e uma tendência a confidências. A pessoa perde o senso crítico.

O álcool pode ser detectado no sangue cinco minutos depois de ser ingerido. Sua eliminação, entretanto, demora de seis a oito horas. É capaz de retardar os estímulos, diminuir a percepção e minimizar a consciência do perigo. O pico máximo de ação é de meia hora a 90 minutos. Os níveis sangüíneos de álcool dependem da quantidade ingerida e do peso do indivíduo. O índice permitido por lei é de 0,6g/L, o equivalente a dois copos de chope.

Mesmo depois de chegar são e salvo ao destino, o consumo de bebidas alcoólicas deve ser moderado. Afinal, são aumentados também os riscos de afogamento e lesões medulares, provocadas por saltos irresponsáveis nas cachoeiras e quedas de altura.

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