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Colesterol, o excesso pode complicar

São Paulo, 05 de Junho de 2001 (eHealthLA). Semelhante à gordura, quando está na dose certa só ajuda, mas se ocupa lugar em excesso no organismo, o estrago é brutal. Esse conhecido vilão, de longa data, pelos cardiologistas, é o colesterol.

Como nem todos que o têm cuidam, não há números exatos da população, mas estima-se que cerca de 10% dos brasileiros tenham colesterol alto. Para o pior dos males, muitos só saberão em uma hora de agonia, como nos casos de enfarte, com as artérias entupidas.

De acordo com o Manual de Terapia Clínica, este elemento da nossa alimentação também tem seu valor e precisa ser entendido como age em nosso organismo. É nada mais que uma gordura e pode ser recebido pelo nosso corpo de duas maneiras: através dos alimentos de origem animal ou como um produto fabricado pelo próprio fígado.

NECESSÁRIO - Sua função é fundamental para a vida, porque age na composição da membrana que envolve todas as nossas células, sendo necessário à formação dos nossos hormônios sexuais, ácidos biliares e vitamina D. Ele circula por todo o corpo e não é solúvel no sangue. Utiliza uma proteína, a lipoproteína, para se movimentar. Depois de fazer viagem do fígado para os tecidos o excesso deve ser eliminado.

É nesse ponto que consiste o problema, quando não é eliminado o excesso. O excesso ocorre se a pessoa ingere alimentos que contenham colesterol em demasia, como carnes gordas e ovos, quando o fígado o produz demais ou a somatória dos dois.

Este excesso pode se depositar nas artérias endurecendo a parede e formando placas que gradualmente as entopem. O processo pode gerar doenças como a arteriosclerose, isquemia cerebral e obstrução das veias das pernas.

As pessoas sedentárias, obesas e que ingerem alimentos ricos em colesterol são mais propensas a ter níveis elevados. Os homens correm mais riscos do que as mulheres, já que o organismo feminino fica menos exposto devido à ação do hormônio estrógeno. Ele equilibra a proporção dos dois tipos de lipoproteínas que fazem o transporte do colesterol.

CORREÇÕES - Exercícios físicos leves como caminhadas e natação auxiliam, mas nem sempre corrigem. Quando o aumento se deve a uma produção excessiva do fígado, há necessidade de uso de medicamentos.

O certo seria todo mundo respeitar a seguinte medida: 169 miligramas de colesterol por decilitro de sangue. Mas nem as crianças estão conseguindo respeitá-la.

Segundo um estudo do Instituto do Coração (Incor), ainda em fase de conclusão, de 500 meninos entre 2 e 19 anos de idade, 20% têm taxa de colesterol de 170 a 199 miligramas por decilitro sangüíneo. Ou seja, uma dosagem limítrofe, porque acima de 200 já é considerado risco.

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