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As sementes de iodo-125 serão produzidos em escala industrial pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares - IPEN, em São Paulo, até o ano 2001. O produto radioativo é utilizado diretamente sobre tumores de próstata, eliminando as células cancerígenas. Até agora, as sementes usadas no Brasil são importadas da Inglaterra a um custo superior a U$ 50.
O Instituto de Pesquisas Energéticas já investiu mais de R$ 100 mil para dominar a tecnologia do iodo . A pesquisa durou dezoito meses e para fabricar a semente será preciso captar mais de um milhão de reais. Este dinheiro será destinado para a compra de equipamentos das instalações localizadas na Universidade de São Paulo e com a contratação de pessoal. Inicialmente este valor será patrocinado pela Comissão Nacional de Energia Nuclear do Ministério de Ciência e Tecnologia.
Técnica
A técnica de tratamento das sementes é a braquiterapia - método considerado eficiente somente em tumores precoces, que ainda não tenham saído da glândula prostática. Nestes casos, o paciente fica internado por apenas um dia e pode retornar ao trabalho 48 horas.
A radiação produzida reduz os danos causados aos tecidos vizinhos e poupa os órgãos como a bexiga, uretra e o reto. Consequentemente, os efeitos colaterais são diminuídos. O procedimento reduz ainda o período de internação e os efeitos colaterais do paciente submetido a prostactemia. O iodo é introduzido permanentemente na próstata e, sem a possibilidade de rejeição, pois o material que envolve o iodo é o titânio, considerado inócuo para o organismo.
A semente tem meia-vida de 60 dias e, em quatro meses, a radioatividade de se torna nula, O Instituto de Pesquisas Energéticas tem a intenção de fabricar entre 8 e 20 mil sementes por mês. A demanda no Brasil é de três mil unidades/mês, o restante excedente deverá ser exportado.
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