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BRASIL: Estudo avaliará eficácia de medicamentos para pressão-alta

São Paulo, 2 de Abril de 2001 (eHealthLA). Trinta centros de pesquisa e 1.500 pacientes brasileiros vão integrar um estudo mundial sobre o medicamento anti-hipertensivo Telmisartam e seu efeito combinado com o Ramipril, que atua no controle da pressão alta.

O estudo será feito pelo laboratório alemão Boehringer Ingelheim, e engloba 700 centros de pesquisa em todo o mundo. Participarão 30 mil pacientes de diversos países.

México e Argentina, além do Brasil, são os países da América Latina que integram o estudo. O laboratório destinará US$ 150 milhões em cinco anos para essa pesquisa, que deve terminar em 2006.

Segundo o cardiologista Leopoldo Piegas, diretor clínico do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia e coordenador nacional do estudo no Brasil, os resultados da pesquisa poderão trazer um avanço no controle da hipertensão, que é responsável por 40% dos óbitos no mundo, e também no Brasil.

O especialista diz que 20% da população adulta mundial tem pressão alta. "Há muitos remédios para hipertensão.

O Telmisartam é eficaz porque praticamente não tem efeitos colaterais e o paciente toma apenas um comprimido ao dia, facilitando a aderência ao tratamento", afirmou.

Perfil Paciente

Os testes nos pacientes começarão entre outubro e novembro deste ano. O paciente que integrará a pesquisa precisa ter pelo menos 55 anos e história de doença arterial coronariana, acidente vascular cerebral (derrame), doença vascular periférica (como por exemplo, trombose) ou diabetes, com pelo menos um outro fator de risco cardiovascular, como hipertensão, colesterol total elevado, baixos níveis de colesterol HDL (a fração boa do colesterol), ser fumante ou ter microalbuminúria, ou seja, presença de quantidades mínimas de proteínas (albumina) na urina.

Metodologia

Os 30 mil pacientes serão divididos em três grupos de 10 mil pessoas. Um grupo irá tomar apenas Telmisartam, o outro apenas Ramipril e um outro tomará os dois combinados.

A metodologia utilizada é duplo-cega, ou seja, médico e paciente não saberão o que está sendo tomado pelo doente, para evitar indução dos resultados.

Todos os pacientes irão tomar dois comprimidos, só que em dois grupos serão usados placebo (cópia do comprimido, mas sem a substância ativa).

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