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BRASIL: Rubéola Congênita Pode Causar Lesões Múltiplas nos Fetos

São Paulo, 9 de Fevereiro de 2001 (eHealthLA). Mais comum na infância e na adolescência, a rubéola é causada por um vírus e tem duração média de três a quatro dias. Inicialmente surgem erupções vermelhas no rosto, que depois se espalham pelo tronco, pelos braços e pelas pernas. Além das erupções, sente-se febre, mal-estar, dor de cabeça, calafrios e náusea.

Trata-se com medidas gerais as complicações, como a febre e o mal-estar. Apesar de ser considerada benigna, a doença oferece sérios riscos quando atinge mulheres grávidas. Esse caso é conhecido como rubéola congênita e pode trazer graves problemas para o bebê.

Segundo a ginecologista e obstetra Izilda Ferreira Pupo, o acometimento fetal é tanto mais grave quanto mais cedo se der a infecção. Até a 11º semana existe o risco de má-formação fetal caracterizada pela síndrome da rubéola congênita (catarata, surdez, retinopatia, microcefalia, microftalmia, má-formação cardíaca, retardo mental importante, etc.).

“A partir de 11º até 16º semana, encontraremos alterações auditivas e, às vezes, distúrbios do desenvolvimento neuromotor, quando há acometimento do feto”, explica a médica.

A doença é transmitida pelas vias aéreas superiores, mas não causa seqüelas, exceto em gestantes. O vírus da rubéola é altamente prejudicial ao feto. Segundo os especialistas, as chances do feto, até dois meses de vida, desenvolver lesões múltiplas, como surdez, retardo mental, problemas cardíacos, diabetes, miopia, dentre outros distúrbios, variam de 65% a 85% dos casos.

Prevenção: Vacina

Através da tosse, do espirro ou até mesmo ao falar, o vírus da rubéola pode ser transmitido às pessoas que não foram imunizadas com a dose da vacina MMR ou tríplice viral. A única prevenção da doença é por meio de vacina. A dose da vacina MMR, que previne contra o sarampo, a caxumba e a rubéola, tem ação prolongada por toda a vida.

A vacina é indicada a partir dos 12 meses de vida, sendo que é contra-indicada durante a gestação. A legislação brasileira não prevê o aborto em caso de a doença se manifestar em mulheres grávidas, mesmo o feto correndo o risco de nascer com vários distúrbios.

Os especialistas recomendam que independentemente da faixa etária, todas as mulheres se imunizem contra o vírus da rubéola o quanto antes. A vacina está disponibilizada nos postos de saúde.

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