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08 de Fevereiro de 2001 (Bibliomed). Para crianças, passar o tempo no hospital pode significar longas e tediosas horas na cama, por isso muitos pacientes jovens recorrem à televisão para se distrair. Mas a American Academy os Pediatrics (Academia Americana de Pediatria) alerta que a televisão pode promover comportamentos perigosos em crianças.
O grupo faz um apelo aos pediatras para retirar os aparelhos de TV das salas de espera e desenvolver programações especiais para as crianças, assim como bloquear canais com programas contendo violência, sexo explícito e que podem causar aborrecimentos.
A recomendação faz parte de um comunicado atualizado sobre crianças, adolescentes e televisão da American Academy of Pediatrics.
"Talvez, a TV seja o professor mais poderoso que as crianças terão", disse Victor Strasburger, um dos autores do estudo e professor da Universidade de Novo México, em Albuquerque, em entrevista à Reuters Health.
"É hipócrita para nós criticar os pais por não retirar a TV do quarto da criança enquanto ela está ligada e com o som alto em salas de espera e quartos de hospital", acrescentou Strasburger.
De acordo com o comunicado publicado na edição de fevereiro de Pediatrics, cerca de um terço das crianças de 2 a 7 anos e cerca de dois terços daquelas de 8 a 18 anos têm um aparelho de TV no quarto.
"Os pais não têm o direito de criticar o mau linguajar e o comportamento agressivo de seus filhos se vão permitir que eles tenham uma TV em seu quarto", disse Strasburger.
Outras recomendações incentivam os pais a usar o v-chip e o sistema de classificação para avaliar os programas. O v-chip, que é instalado na maioria dos aparelhos de televisão novos, permite aos pais bloquear certos programas. O sistema de classificação diz aos pais se um programa contém violência, conteúdo sexual ou linguagem ofensiva.
De acordo com o comunicado, a criança ou o adolescente médio assiste a cerca de três horas de televisão por dia. Educar os pais e as crianças sobre o poder da mídia pode reduzir a violência e o abuso de substâncias entre adolescentes, de acordo com o relatório. Muitos desses programas estão sendo rotineiramente oferecidos em escolas de ensino fundamental nos EUA.
"As crianças e os adolescentes estão particularmente vulneráveis às mensagens transmitidas na televisão, que influenciam suas percepções e comportamentos", explica o comunicado. "Muitas crianças jovens não conseguem discernir entre o que vêem e o que é real."
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