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Fratura Vertebral é Comum Após Transplante de Órgão

07 de Fevereiro de 2001 (Bibliomed). Mais de um terço dos pacientes submetidos a transplante de coração ou fígado pode sofrer uma fratura vertebral nos anos posteriores à cirurgia, sugeriram os resultados de um estudo.

Uma equipe de pesquisadores alemães verificou que 21 por cento dos pacientes submetidos a transplante cardíaco e 14 por cento dos pacientes de transplante de fígado tiveram uma fratura vertebral causada pelo enfraquecimento dos ossos um ano após a operação.

No segundo ano, 27 por cento dos pacientes de transplante cardíaco e 21 por cento dos pacientes de transplante de fígado tiveram uma fratura. No terceiro e quarto anos, um terço dos pacientes em cada grupo teve fraturas.

O estudo incluiu 105 pacientes submetidos a transplante cardíaco e 130 pacientes de transplante hepático.

Os nutrientes formadores de ossos, cálcio e vitamina D, não diminuíram o risco de fratura dos pacientes, segundo artigo publicado na edição de fevereiro da revista The Lancet.

"Nossos dados confirmaram um alto risco de fraturas osteoporóticas, que podem influenciar muito a qualidade de vida destes pacientes e a taxa de sobrevivência", disse à Reuters Health, Gudrun Leidig-Bruckner, da Universidade de Heidelberg (Alemanha).

São necessárias terapias preventivas para reduzir a taxa de fraturas associadas à osteoporose após transplante, disse a pesquisadora. Novas drogas imunossupressoras devem ser avaliadas.

Estas drogas suprimem o sistema imunológico e são dadas rotineiramente aos pacientes após um transplante para que o novo órgão não seja identificado como um invasor estranho e atacado pelo sistema de defesa. Mas as drogas imunossupressoras também inibem o crescimento ósseo ao impedir a absorção de cálcio.

Em um editorial que acompanhou o estudo, Pierre Delmas, da Universidade Claude Bernard, em Lyon (França), sugeriu que a terapia de reposição hormonal poderia ser dada a mulheres submetidas a transplantes depois da menopausa já que não produzem muito estrogênio, hormônio que protege os ossos.

Drogas como o alendronato e o risedronato também podem reduzir o risco de fraturas nestas mulheres embora sejam necessárias mais pesquisas, avaliou o pesquisador. Estes compostos reduzem o risco de outros tipos de fratura em algumas mulheres que apresentam doença de enfraquecimento ósseo.

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