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07 de Fevereiro de 2001 (Bibliomed). Cientistas descobriram uma forma de prognosticar que pessoas apresentam chances de ter reações alérgicas a picadas de abelhas e vespas, que podem ser uma ameaça à vida. Níveis elevados de uma enzima podem sinalizar as pessoas que têm risco, informou uma pesquisa.
Em um estudo com 114 pessoas com histórico de reações alérgica a picadas de abelha ou vespa, pesquisadores alemães verificaram que 12 apresentavam níveis elevados de uma enzima conhecida como triptase. Dos 12, nove (75 por cento) tiveram reações graves às picadas comparados a apenas 28 por cento do resto do grupo estudado.
O trabalho da equipe de Dagmar Ludolph-Hauser, da Universidade Ludwig-Maximilians, em Munique (Alemanha), foi publicado na edição de fevereiro da revista The Lancet.
A triptase é uma enzima encontrada nos mastócitos, células do sistema imunológico fundamentais nas reações alérgicas. Concentrações cronicamente altas da enzima foram associadas à mastocitose, um distúrbio raro marcado pelo acúmulo de mastócitos na pele ou no corpo. Neste estudo, os pesquisadores verificaram que quase todos os participantes com níveis elevados de triptase tinham mastocitose de pele.
As pessoas com mastocitose têm um alto número de mastócitos e, por isso, parecem ter um risco maior de reações graves à picada de abelha ou vespa, disse Ludolph-Hauser à Reuters Health.
A pesquisadora observou que cerca de 5 por cento dos adultos na Europa e Estados Unidos têm reação alérgica à picada de abelha ou vespa que atingem todo o corpo e quase um quarto desses indivíduos têm reações graves e potencialmente fatais. Para a pesquisadora, por estas conclusões, muitos pacientes com reações graves também apresentam doença dos mastócitos.
Estes pacientes podem necessitar ser tratados por toda a vida com injeções de veneno de abelha ou vespa que poderiam evitar a reação excessiva do sistema de defesa à picada, acrescentou Ludolph-Hauser.
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