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País Comprou Hemoderivado de Vítimas Britânicas da Vaca Louca

06 de Fevereiro de 2001 (Bibliomed). A Grã-Bretanha disse na segunda-feira que exportou, inclusive para o Brasil, produtos com sangue doado por três pessoas que mais tarde foram diagnosticadas com a forma humana da doença da vaca louca.

O Serviço Nacional de Sangue (NBS) da Grã-Bretanha disse que notificou os hospitais e clientes de 11 países que receberam os hemoderivados. Os países foram Irlanda, Brasil, Dubai, Índia, Turquia, Brunei, Egito, Marrocos, Omã, Rússia e Cingapura.

Chris Hartley, do NBS, descartou a possibilidade de que os produtos possam ter transmitido a doença cerebral incurável.

"Eles (os produtos) foram exportados a 11 países e também foram usados no Reino Unido", disse Hartley. "Notificamos todos os nossos hospitais no Reino Unido e todos os nossos clientes estrangeiros e o grupo regulador sobre o que aconteceu", acrescentou Hartley. Fizemos o recall de dois produtos em 1997 que eram exatamente os mesmos, disse.

De acordo com Hartley, é impossível dizer quantas pessoas receberam os produtos, que já passaram da data de validade.

O Departamento de Saúde britânico afirma que não há evidência científica de que a variante da doença de Creutzfeldt-Jakob (vCJD), que cientistas vêm relacionando ao consumo de carne de gado contaminado com a doença da vaca louca ou encefalopatia espongiforme bovina (BSE), possa ser transmitida por sangue ou hemoderivados.

Mas um estudo de cientistas do Instituto de Saúde Animal, em Edimburgo, que infectou uma ovelha saudável com doença da vaca louca injetando sangue de um animal doente sem sintomas, acreditam que isso seja possível.

Os hemoderivados exportados incluíam a albumina, a imunoglobulina e um fator de coagulação necessário a hemofílicos.

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