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Robô Melhora Resultados de Cirurgia Cardíaca

31 de Janeiro de 2001 (Bibliomed). A cirurgia cardíaca com robô, acompanhada por vídeo, está se tornando uma alternativa segura à convencional, de peito aberto.

De acordo com Leslie W. Nifong, recorrer à ajuda de um robô para substituir a válvula mitral, que regula o fluxo sanguíneo entre as duas câmaras do coração, resulta em recuperação mais rápida e menos perda de sangue comparada à cirurgia de peito aberto.

"Estamos procurando formas de tornar a cirurgia cardíaca menos traumática", disse Nifong à Reuters Health. "Estamos tentando desenvolver uma abordagem menos invasiva", explicou o especialista.

No estudo, o pesquisador usou o Aesop, um braço robótico ativado pela voz e desenvolvido pela Computer Motion, em Goleta (Califórnia), para dirigir uma câmera usada para visualizar o campo cirúrgico.

O sistema Aesop "ajuda a segurar a câmera e movê-la na direção que quisermos", disse Nifong. A equipe da Escola de Medicina da Universidade da Carolina do Norte, em Greenville, usa a tecnologia há cerca de dois anos.

O pesquisador apresentou as conclusões da equipe no 37. Encontro Anual da Sociedade de Cirurgiões Torácicos.

Atualmente, a equipe de Nifong está testando um equipamento totalmente robótico conhecido como Sistema Cirúrgico da Vinci, desenvolvido pela empresa Intuitive Surgical, em Mountain View (Califórnia). "Até agora, usamos em 17 pacientes e tudo tem caminhado muito bem", observou Nifong.

"Agora, estamos lançando um teste em vários centros para provar que a cirurgia pode ser feita em vários hospitais por cirurgiões diferentes", explicou o especialista.

Com o sistema da Vinci, "parece que você esta segurando os instrumentos mas não há nenhuma sensação tátil dos tecidos", disse Nifong. O especialista explicou que enquanto o cirurgião se baseia apenas na informação visual, "a extremidade de cada instrumento tem um chip de computador com tensão programada; não importa quanto o console seja apertado, apenas uma determinada quantidade de tensão é aplicada ao tecido".

Operações com o sistema robótico levam cerca de uma hora a mais que a cirurgia de peito aberto, "mas os pacientes melhoram mais depressa", observou Nifong.

"Estamos trabalhando para obter um procedimento totalmente endoscópico para reparo da válvula mitral, mas precisamos de uma tecnologia um pouco mais avançada", concluiu Nifong.

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