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BRASIL: Projeto Restringe o Uso de Silicone no Organismo

São Paulo, 24 de Janeiro de 2001 (Bibliomed). A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) deverá votar ainda no início deste ano, o projeto que proíbe o uso de silicone líquido no organismo humano, com exceção apenas da área de oftalmologia, como em casos de descolamento de retina. A matéria permite o uso de próteses de silicone, desde que o paciente autorize o procedimento por escrito.

Segundo o senador Sebastião Rocha, relator do projeto, a autorização do paciente é fundamental e somente deverá ser assinada depois que o médico esclarecer o paciente sobre os riscos e vantagens da cirurgia. Sebastião Rocha, que é médico, informou que a proibição vai acabar com um procedimento comum atualmente, que é a utilização do silicone líquido no preenchimento de rugas com fins estéticos. “Essa prática pode provocar deformação de órgãos, não excluindo o risco de cegueira", alertou Rocha.

No ano passado, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica registrou a colocação de 40.000 próteses só para aumentar os seios. O sucesso dessas cirurgias alimentou a expectativa de mulheres que procuram principalmente um bumbum mais empinado ou seios mais volumosos, ou desejam um realce a mais. No entanto, segundo os especialistas, o bom senso, deve estar sempre presente.

O implante da prótese de silicone não é uma operação simples. Dependendo do caso, é feita sob anestesia geral. Além dos riscos de qualquer cirurgia, o cirurgião plástico Osvaldo Saldanha alerta que pode haver rejeição à prótese. "Durante os primeiros 40 dias podem surgir complicações, como hematomas, acúmulo de sangue que podem causar problemas para o paciente".

Recomendações

Saldanha lembra que a prótese deve ser substituída após 10 anos, o que envolve, invariavelmente, uma nova cirurgia. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica recomenda que as adolescentes esperem pelo menos quatro anos após a primeira menstruação para fazerem este tipo de implante.

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