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Maioria dos Adultos com Depressão não tem Tratamento Adequado

17 de Janeiro de 2001 (Bibliomed). A maioria dos adultos que sofre de ansiedade ou depressão não recebe cuidado adequado, apesar de tratamentos disponíveis para essas condições, sugerem descobertas de um estudo.

Esses problemas psiquiátricos "são comuns e têm um impacto substancial no funcionamento e na qualidade de vida", de acordo com Alexander S. Young, do Centro de Cuidados de Saúde dos Veteranos de West Los Angeles, e sua equipe.

"O principal problema é identificar pessoas em necessidade, oferecendo a elas cuidado apropriado e ajudando-as a aceitar esse cuidado", afirmaram os pesquisadores na edição de janeiro de Archives of General Psychiatry.

Os cientistas analisaram dados de uma entrevista nacional por telefone que identificou 1.636 adultos que provavelmente tinham depressão ou distúrbios de ansiedade, com base em uma entrevista breve.

Durante um período de 12 meses, mais de 80 por cento dos participantes entrevistados procuraram um clínico geral e 19 por cento viram um especialista em saúde mental. Mas menos de um terço recebeu tratamento adequado -- definido como receber medicação adequada ou pelo menos quatro sessões de aconselhamento ou ambos.

Por exemplo, somente 31 por cento dos participantes receberam qualquer tipo de aconselhamento e somente 17 por cento receberam quatro sessões de aconselhamento.

"No geral, o cuidado de baixa qualidade (definido como nenhum tipo de cuidado ou cuidado inadequado) foi bastante comum", disseram Young e sua equipe.

Os cientistas descobriram que a renda e o seguro de saúde não estavam associados com a probabilidade de receber cuidado adequado. Os fatores que realmente parecem influenciar esse cuidado incluíram gênero, etnicidade, idade e anos de educação.

As mulheres, os brancos e as pessoas entre 30 e 60 anos estavam mais propensos a receber cuidado adequado do que os homens, os não-brancos e as pessoas mais novas ou mais velhas.

Entre aqueles com cuidado de baixa qualidade, somente 31 por cento disseram que precisavam desses serviços, embora tivessem sintomas de depressão e/ou ansiedade, destacaram Young e sua equipe.

Os pesquisadores sugerem que esforços de educação do paciente e público podem ajudar pessoas com sintomas desses distúrbios a reconhecer a disponibilidade de ajuda e aumentar sua probabilidade de ter acesso a esse auxílio.

Young e sua equipe avaliam que, como mais de três quartos das pessoas que receberam cuidado de baixa qualidade visitaram um profissional de saúde durante o ano anterior, os clínicos gerais podem ter um papel essencial na identificação de pacientes com sintomas dessas condições e ajudá-los a receber cuidado.

Esses profissionais "carregam a responsabilidade de reconhecer casos entre pacientes que não estão recebendo tratamento psicológico", de acordo com o estudo.

Copyright © 2001 Bibliomed, Inc.

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