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Grã-Bretanha Descarta Relatório de Ministério Sobre Urânio

12 de Janeiro de 2001 (Bibliomed). O vazamento de um relatório secreto do Ministério da Defesa da Grã-Bretanha afirmando que a exposição à munição feita com urânio empobrecido aumentava o risco de desenvolver câncer, adicionou lenha à discussão em torno da segurança desse tipo de armamento.

Um porta-voz do ministério confirmou que o relatório tinha sido preparado há quatro anos, mas o classificou como pouco confiável. Segundo esse porta-voz, o documento havia sido escrito por um estagiário do órgão e era apenas um esboço.

A Grã-Bretanha, junto com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e os EUA, defende não haver provas da relação entre o uso de armamentos com urânio empobrecido e casos de leucemia em soldados que serviram nos Bálcãs.

Mas a simples existência do relatório alimentou os temores em torno da segurança da munição com urânio empobrecido, usada pelos britânicos, norte-americanos e outras forças ocidentais na Guerra do Golfo (1991) e na campanha nos Bálcãs.

A Otan concordou na quarta-feira em adotar um plano de ação "robusto" para investigar os efeitos do uso desse tipo de armamento, que, para alguns, provocaria a chamada "Síndrome dos Bálcãs".

Segundo o relatório do Ministério da Defesa da Grã-Bretanha, a inalação de poeira com urânio empobrecido leva ao acúmulo da substância nos pulmões.

"Todos os soldados devem saber que a inalação de poeira de urânio representa riscos a longo prazo. A poeira aumenta os riscos de desenvolvimento de câncer linfático, nos pulmões e no cérebro", diz o documento.

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