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09 de Janeiro de 2001 (Bibliomed). O número de novos casos e mortes de câncer nos Estados Unidos deve crescer ligeiramente esse ano, afirmaram pesquisadores na quinta-feira.
O número total de pessoas que vão receber um diagnóstico de câncer deve atingir 1.268.000 em 2001, um pouco acima do número de 1.220.100 previsto para 2000, de acordo com o relatório anual de dados de câncer da Sociedade Americana de Câncer.
Os números totais estão aumentando, mas as taxas de câncer vêm diminuindo nos Estados Unidos ao longo da década de 1990. O aumento nos casos totais reflete o fato de a população norte-americana estar crescendo.
As mortes totais previstas para 2001 -- 553.400 -- foram quase as mesmas do número esperado do ano passado, 552.200.
Nesse ano, o relatório anual destaca o efeito da epidemia da obesidade nos Estados Unidos nas taxas de câncer.
"Primeiramente, a obesidade foi reconhecida como um importante fator de risco para doenças cardíacas e diabete. Agora, existem mais evidências que demonstram uma forte ligação entre a obesidade e o câncer colorretal e o câncer de mama em mulheres na pós-menopausa", disse Michael J. Thun, chefe de pesquisa epidemiológica da sociedade, em entrevista à Reuters Health.
"O crescimento da obesidade nos EUA nas duas últimas décadas deve fazer aumentar as mortes de câncer naqueles tipos de câncer associados à obesidade", afirmou Thun.
O câncer de próstata lidera a lista de novos casos, com 198.100 novos diagnósticos previstos, seguido do câncer de mama com 193.700 novos diagnósticos e 135.400 casos de câncer colorretal.
O câncer de pulmão deve permanecer no topo da lista de mortes de câncer, com 157.400.
A boa notícia é que as pessoas devem sobreviver um pouco mais após o diagnóstico do câncer, de acordo com o relatório.
"A taxa de sobrevivência relativa de cinco anos para todos os tipos de câncer combinados é de 60 por cento, um aumento de 1 por cento do relatório de 2000", afirmaram os especialistas em câncer.
O relatório dá destaque aos hábitos de saúde dos norte-americanos que podem afetar seu risco de alguns tipos de câncer. Por exemplo, "menos de um em quatro adultos relata consumir cinco ou mais porções de frutas, legumes e verduras diariamente" e um quarto da população adulta fuma -- um número que, segundo os especialistas, quase não se alterou desde 1990.
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