Notícias de saúde
14 de outubro de 2025 (Bibliomed). Um estudo publicado na revista PLOS Biology indica que tocar instrumentos musicais ao longo da vida pode ajudar o cérebro a envelhecer de forma mais saudável, preservando habilidades como a compreensão da fala em ambientes ruidosos.
Pesquisadores do Canadá e da China analisaram a atividade cerebral de 25 músicos idosos, 25 idosos não músicos e 24 jovens não músicos, usando ressonância magnética funcional (fMRI). Durante os testes, os voluntários precisavam identificar sílabas mascaradas por ruídos, simulando situações comuns de dificuldade auditiva em ambientes barulhentos.
Os resultados mostraram que músicos idosos tiveram desempenho superior aos não músicos da mesma idade e apresentaram padrões de conectividade cerebral mais próximos dos jovens. Enquanto os não músicos precisaram recrutar áreas adicionais do cérebro para compensar a perda auditiva relacionada à idade, os músicos mantiveram uma organização neural mais “juvenil”, processando sons de forma mais eficiente.
Essa descoberta apoia a chamada “Hipótese da Contenção da Superativação”, que sugere que o “reserva cognitiva” adquirida com atividades como a música protege o cérebro, evitando esforços excessivos para realizar tarefas cognitivas na velhice.
Os autores destacam que adotar estilos de vida positivos, como tocar instrumentos, praticar exercícios físicos ou aprender novos idiomas, pode reduzir os impactos do envelhecimento cerebral. E reforçam: nunca é tarde para começar — aprender música pode ser uma forma prazerosa de cuidar da saúde mental ao longo da vida.
Fonte: PLoS Biology. DOI: 10.1371/journal.pbio.3003247.
Copyright © 2025 Bibliomed, Inc.
Veja também