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Nova dieta desenvolvida com inteligência artificial pode reduzir risco de demência

09 de outubro de 2025 (Bibliomed). Uma nova estratégia alimentar criada com o auxílio de inteligência artificial pode representar um avanço importante na prevenção da demência, condição que afeta mais de 55 milhões de pessoas no mundo. O estudo, conduzido por pesquisadores da Fudan University e da Zhejiang University School of Medicine, foi publicado na revista Nature Human Behaviour.

Batizada de MODERN (Machine-learning-assisted Optimizing Dietary intERvention against demeNtia risk), a dieta foi elaborada com base em dados de mais de 185 mil participantes do banco britânico UK Biobank. Utilizando o algoritmo LightGBM, os cientistas identificaram combinações de alimentos associadas a menor risco de declínio cognitivo, priorizando vegetais folhosos, frutas vermelhas e outros itens benéficos, ao mesmo tempo em que restringe bebidas açucaradas e alimentos prejudiciais.

Nos testes, pessoas com maior pontuação na adesão à dieta MODERN apresentaram 36% menos risco de desenvolver demência em comparação às com menor pontuação. Os pesquisadores destacam que a intervenção se mostrou mais protetora do que dietas já conhecidas, como a MIND, tradicionalmente recomendada para a saúde cerebral.

Análises adicionais indicam que os efeitos protetores estão ligados à preservação da estrutura cerebral e à redução da inflamação neurológica. Os autores pretendem agora validar o programa alimentar em diferentes populações e realizar ensaios clínicos para confirmar seus benefícios. No futuro, a MODERN poderá integrar diretrizes de saúde pública, auxiliando na prevenção de doenças neurodegenerativas em escala global.

Fonte: Nature Human Behaviour. DOI: 10.1038/s41562-025-02255-w.

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