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Esteróides inalados ajudam a doença pulmonar crônica

NEW YORK, (Reuters Health) – Resultados de um novo estudo reafirmam o uso a longo prazo de esteróides inalados em pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), um termo genérico para doenças pulmonares como bronquite e enfisema.

Pesquisadores britânicos relatam que o propionato de fluticasona, um esteróide inalado tomado duas vezes ao dia, melhora ou ajuda a manter a função pulmonar em pacientes com DPOC.

Uma medida importante da função pulmonar é a quantidade de ar que pode ser expirado de forma forçada em um segundo, chamado FEV1. O FEV1 cai acentuadamente em fumantes com DPOC.

“Este estudo mostra pela primeira vez que, assim como o FEV1, a condição de saúde cai em uma taxa mensurável em pacientes com DPOC moderada a grave. O propionato de fluticazona reduz significativamente esta taxa de declínio, retardando o tempo médio da redução clinicamente importante da condição de saúde em 15 a 24 meses,” de acordo com o Dr. P. Burge do Hospital Brimingham Heartlands em Birmingham, Reino Unido, e co-pesquisadores do estudo ISOLDE (Esteróides Inalados na Doença Pulmonar Obstrutiva na Europa).

Os autores testaram o efeito da fluticazona inalada e placebo (droga inativa) em 751 homens e mulheres com DPOC. Um tratamento de 8 semanas com cada um (placebo ou fluticazona) com outro esteróide oral produziu melhora mensurável na função pulmonar em ambos os grupos. Após a parada do uso do esteróide oral, o FEV1 médio caiu gradualmente entre os pacientes em uso de fluticazona, mas retornou aos níveis pré tratamento entre os pacientes tratados com placebo dentro de 3 meses, de acordo com o artigo no British Medical Journal.

Pacientes no grupo do tratamento com esteróides se saíram melhor em outras medidas, indicam os resultados. Os sintomas de reacutização ocorreram 25% menos entre os pacientes do grupo da fluticazona, e os escores em questionários sobre o sistema respiratório pioraram mais lentamente no grupo da fluticazona do que no grupo placebo. Pacientes do grupo placebo foram mais propensos do que os do grupo da fluticazona a sair do estudo por causa de doença pulmonar não cancerosa, observam os pesquisadores, apesar de os efeitos colaterais terem sido similares para os dois grupos. Os pacientes do grupo da fluticazona, conforme esperado, experimentaram mais eventos relacionados aos esteróides – ferimentos, rouquidão, irritação da faringe, e pontadas.

“Estas melhoras na evolução clínica confirmam o uso deste tratamento em pacientes com DPOC moderada a grave,” concluem Burge e colaboradores.

Sinopse preparada por Reuters Health

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