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24 de junho de 2025 (Bibliomed). Um estudo do Cedars-Sinai Medical Center, nos Estados Unidos, revelou que modelos de inteligência artificial (IA) podem auxiliar médicos a tomarem decisões mais precisas durante atendimentos de urgência realizados por telemedicina. A pesquisa analisou 461 consultas virtuais no programa Cedars-Sinai Connect, realizado entre junho e julho de 2024, comparando as recomendações iniciais feitas pela IA com as decisões finais dos médicos.
Os resultados indicam que, em muitos casos, as recomendações da IA foram avaliadas como mais precisas que as dos médicos, especialmente em situações como infecções urinárias resistentes a antibióticos, nas quais a IA sugeria exames laboratoriais antes da prescrição de medicamentos. Isso mostra a capacidade da IA de identificar sinais de alerta importantes e sugerir condutas preventivas.
No entanto, os médicos se mostraram mais eficazes ao coletar históricos clínicos detalhados e adaptar os tratamentos às especificidades de cada paciente. A IA, por sua vez, se destacou por realizar triagens rápidas e fornecer sugestões iniciais baseadas em algoritmos treinados com milhões de dados clínicos desidentificados.
O Cedars-Sinai Connect utiliza um aplicativo que permite ao paciente descrever seus sintomas e, com base nas respostas, o sistema de IA propõe hipóteses diagnósticas e opções de tratamento. A decisão final, porém, continua sob responsabilidade do médico.
O estudo reforça que, embora a IA não substitua o julgamento humano, seu uso como ferramenta complementar pode aumentar a qualidade do atendimento, especialmente em casos comuns e agudos, além de aliviar a carga de trabalho dos profissionais da saúde.
Fonte: Annals of Internal Medicine. DOI: 10.7326/ANNALS-24-03283.
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