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16 de junho de 2025 (Bibliomed). Pessoas que vivem em condições sociais mais favoráveis, como maior renda e melhor nível de escolaridade, apresentam sinais biológicos de envelhecimento mais lento e menor risco de desenvolver doenças relacionadas à idade. É o que revela um estudo internacional liderado por pesquisadores da University College London, com mais de 800 mil participantes acompanhados por décadas.
A pesquisa analisou o sangue dos participantes em busca de proteínas ligadas ao processo de envelhecimento. Os cientistas descobriram que pessoas com melhor condição socioeconômica têm níveis mais baixos dessas proteínas - muitas delas associadas à inflamação e ao estresse celular. Isso indica um envelhecimento biológico mais lento, mesmo entre pessoas da mesma idade.
Além disso, os dados mostraram que indivíduos com baixa condição social tinham, em média, um risco 20% maior de desenvolver 66 doenças relacionadas à idade, como diabetes tipo 2, doenças cardíacas, AVC e câncer de pulmão. Em alguns casos, o risco era mais que o dobro em comparação aos mais favorecidos.
A boa notícia é que melhorias nas condições de vida ao longo do tempo também fazem diferença. Pessoas que começaram a vida em situação menos favorecida, mas conquistaram melhores condições sociais ao longo da vida, apresentaram perfis biológicos mais parecidos com os do grupo mais privilegiado.
Os cientistas defendem que envelhecer com saúde não é um privilégio, mas uma meta possível para todos - desde que haja políticas públicas que combatam as desigualdades sociais e promovam o acesso à educação, saúde e melhores condições de vida.
Fonte: Nature Medicine. DOI: 10.1038/s41591-025-03563-4.
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