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05 de maio de 2025 (Bibliomed). Milhões de pessoas morrerão anualmente de infecções resistentes a antibióticos nos próximos 25 anos, a menos que medidas sejam tomadas para combater essa crescente ameaça à saúde, alerta um novo estudo realizado no Norwegian Institute of Public Health, nos Estados Unidos.
O número de mortes relacionadas a bactérias resistentes a antibióticos deve aumentar para 8,2 milhões por ano até 2050, um aumento de 75% em relação às estimativas atuais de 4,7 milhões por ano. No geral, mais de 39 milhões de pessoas podem morrer diretamente de infecções resistentes a antibióticos nos próximos 25 anos, concluíram os pesquisadores. Outros 169 milhões de mortes estariam associadas a essas superbactérias.
Para o estudo, os pesquisadores monitoraram mortes em 204 países e territórios relacionadas a 22 germes e 11 síndromes infecciosas, como meningite, sepse e outras infecções graves. A equipe usou modelagem computacional para estimar tendências de mortes direta e indiretamente relacionadas a bactérias resistentes a antibióticos. Esses germes resistentes podem desempenhar um papel direto em cerca de 1,9 milhão de mortes em 2050, um aumento de quase 70% em comparação a 2022.
Olhando para trás, eles estimaram que as mortes causadas diretamente por esses germes diminuíram em mais de 50% em crianças de 5 anos ou menos entre 1990 e 2021. Ao mesmo tempo, as mortes entre idosos com 70 anos ou mais aumentaram em mais de 80%, devido à maior vulnerabilidade dos idosos à infecção, disseram os pesquisadores. As mortes entre crianças devem continuar diminuindo no futuro, mas as mortes por infecção entre pessoas com 70 anos ou mais podem aumentar 146% até 2050, segundo estimativas.
Fonte: The Lancet. DOI: 10.1016/S0140-6736(24)01867-1.
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