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30 de janeiro de 2025 (Bibliomed). Uma nova revisão sistemática sugere que a administração de cafeína em recém-nascidos poderia reduzir o risco de desenvolvimento de paralisia cerebral (PC), uma dentre as deficiências mais comuns e onerosas na infância. A pesquisa analisou ensaios clínicos e estudos de coorte para entender os efeitos da cafeína em bebês prematuros ou com risco de desenvolver PC nos primeiros dias de vida.
Um dos estudos revisados, um ensaio clínico randomizado, mostrou que o uso de citrato de cafeína em doses de 20 mg/kg foi capaz de diminuir em cerca de 40% o risco de paralisia cerebral. Além disso, um estudo de coorte retrospectivo revelou que bebês que receberam cafeína até o segundo dia de vida apresentaram uma menor probabilidade de desenvolver essa condição.
Apesar dos resultados promissores, os pesquisadores alertam que ainda são necessárias mais investigações para confirmar os efeitos da cafeína na prevenção da paralisia cerebral. Os estudos disponíveis até o momento apresentam limitações metodológicas, como o pequeno tamanho da amostra e a falta de análises consistentes. Portanto, os cientistas recomendam que novos ensaios clínicos, bem planejados e com maiores amostras, sejam realizados para validar essas descobertas.
A pesquisa destaca o potencial da cafeína como uma intervenção precoce para reduzir o risco de paralisia cerebral, mas reforça que ainda não há evidências suficientes para recomendar seu uso de forma generalizada.
Fonte: Complementary Therapies in Medicine. DOI: 10.1016/j.ctim.2022.102906.
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