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27 de janeiro de 2025 (Bibliomed). Pesquisadores da Universidade McMaster descobriram uma nova vulnerabilidade em casos de metástase cerebral, que pode ser explorada para desenvolver medicamentos capazes de impedir a propagação do câncer para o cérebro. O estudo, publicado na revista Cell Reports Medicine, foca em um alvo específico: uma enzima chamada IMPDH, essencial para as células cancerígenas que iniciam metástases cerebrais.
De acordo com os pesquisadores, as metástases no cérebro são extremamente letais, com 90% dos pacientes morrendo dentro de um ano após o diagnóstico. Os cânceres de pulmão, mama e melanoma são os que mais resultam em metástases cerebrais.
A equipe de pesquisa interdisciplinar está desenvolvendo moléculas que inibem a enzima IMPDH, evitando que as células cancerígenas se espalhem pelo cérebro. Eles já sintetizaram e avaliaram mais de 500 moléculas candidatas, um feito notável para um laboratório acadêmico.
O estudo já identificou dezenas de moléculas com forte atividade contra a enzima, e agora os pesquisadores estão aprimorando esses compostos para testes em modelos animais, com o objetivo de avançar para ensaios clínicos em humanos.
Os pesquisadores acreditam que essa descoberta pode não apenas mudar o tratamento de metástases cerebrais, mas também abrir portas para novas terapias que impeçam a disseminação do câncer para outros órgãos.
Fonte: Cell Reports Medicine. DOI: 10.1016/j.xcrm.2024.101755.
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