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03 de dezembro de 2024 (Bibliomed). Os benzodiazepínicos não parecem aumentar o risco de demência, mas podem ter efeitos sutis a longo prazo na estrutura do cérebro, relata um novo estudo realizado na Erasmus Medical Center, na Holanda. O estudo envolveu mais de 5.400 adultos na Holanda e não encontrou nenhuma ligação entre o uso do medicamento sedativo e um maior risco de demência.
Isso vai contra duas meta-análises anteriores que relataram aumento do risco de demência com o uso de benzodiazepínicos, observaram os pesquisadores. No entanto, exames de ressonância magnética cerebral realizados em mais de 4.800 participantes revelaram que o uso de benzodiazepínicos está associado ao encolhimento acelerado de algumas regiões do cérebro.
A análise dos prontuários médicos entre 2005 e 2020 e dos registros farmacêuticos entre 1991 e 2008 não revelou nenhuma associação entre benzodiazepínicos e aumento do risco de demência, independentemente da quantidade total de sedativos que as pessoas tomaram ao longo do tempo. A equipe também não encontrou nenhuma ligação entre o risco de demência e tipos específicos de benzodiazepínicos ou o tempo que levou para o efeito das dosagens passar.
No entanto, o uso de benzodiazepínicos foi associado a uma redução acelerada do volume do hipocampo e da amígdala, que são regiões do cérebro envolvidas na memória e na regulação do humor. Certos tipos de benzodiazepínicos também foram associados a alterações no tamanho da substância branca, que transmite sinais nervosos entre regiões do cérebro.
Os benzodiazepínicos ansiolíticos prescritos para a ansiedade causam menos encolhimento da substância branca. Estes incluem alprazolam, clonazepam, clorazepato e lorazepam. Por outro lado, os benzodiazepínicos sedativos-hipnóticos prescritos para problemas de sono causaram uma redução mais rápida no volume da substância branca. Estes incluem temazepam, triazolam e quazepam.
Fonte: BMC Medicine. DOI: 10.1186/s12916-024-03437-5.
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