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02 de dezembro de 2024 (Bibliomed). Uma pesquisa realizada pelo Centro de Câncer da UC Davis, nos Estados Unidos, descobriu que mulheres que recebem resultados falsos positivos em mamografias têm menos chances de retornar para exames de rastreamento no futuro. A pesquisa analisou mais de 3,5 milhões de mamografias realizadas entre 2005 e 2017, com pacientes de 40 a 73 anos. Os resultados mostram que o retorno para o exame de rastreamento diminui significativamente após um falso positivo, o que pode prejudicar a detecção precoce do câncer de mama.
Entre as mulheres que receberam um resultado negativo, 77% voltaram para a mamografia seguinte. No entanto, esse número caiu para 61% entre aquelas que tiveram um falso positivo que exigiu uma nova imagem após seis meses, e 67% para aquelas que passaram por biópsias desnecessárias.
As mulheres que receberam resultados falsos positivos em duas mamografias consecutivas foram as que menos retornaram para o rastreamento, com apenas 56% voltando para o exame seguinte.
Os resultados preocupam os pesquisadores, pois o rastreamento regular é essencial para a detecção precoce do câncer de mama. Além disso, mulheres asiáticas e latinas foram as que menos retornaram após resultados falsos positivos, o que pode agravar as disparidades de saúde já existentes.
Os pesquisadores enfatizam que resultados falsos positivos são comuns, especialmente em mulheres mais jovens, e recomendam que as pacientes não deixem de fazer o rastreamento. Explicações claras por parte dos médicos podem ajudar a reduzir a ansiedade e garantir que as mulheres continuem com os exames regularmente.
Fonte: Annals of Internal Medicine. DOI: 10.7326/M24-0123.
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