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Mamografias Não São Infalíveis

Estudo mostra que o risco de se obter um falso-positivo em uma mamografia é maior do que se imaginava. Uma das piores notícias que uma mulher pode receber é saber que tem câncer da mama. Os pesquisadores agora estão descobrindo que muitas mulheres têm que passar por esse drama desnecessariamente.

Uma equipe de médicos liderados pela Dra. Cindy Christiansen da Escola de Saúde Pública da Universidade de Boston descobriu que as mulheres que têm anomalias nos seios e que fazem mamografias regularmente vão receber um falso-positivo a cada dez anos, em média. Para a mulher que não tenha anomalias, o risco de um falso positivo é de 6,5%, ou 43% em nove exames.

Para chegar a estas conclusões, a equipe revisou os resultados de 9.750 mamografias feitas em 2.227 mulheres.

Destes exames, 6,5% eram de falsos-positivos – exames que mostraram anomalias, como cistos ou glândulas inflamadas, mas que não eram câncer. Quase um quarto das mulheres estudadas já haviam tido ao menos um caso de falso-positivo durante os 10 anos que durou o estudo. Os experts dizem que os riscos maiores acontecem logo no primeiro exame, já que os radiologistas não têm raios-X anteriores para serem usados como comparação.

Em muitas clínicas, se um exame der positivo, um segundo é feito em seguida. Mas muitas mulheres têm que esperar semanas ou meses para terem certeza se têm câncer, especialmente se os exames envolvem uma biópsia. Os médicos dizem que o estudo não deve desencorajar as mulheres de fazer mamografias regularmente. Mas é um alerta para que elas saibam que o exame, que pode salvar uma vida, não é infalível.

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