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14 de novembro de 2024 (Bibliomed). Um estudo recente revelou que a terapia cognitivo-comportamental focada no luto (TCC-Luto) é mais eficaz do que a terapia cognitiva baseada em mindfulness (TCBM) no tratamento do transtorno do luto prolongado. Esse transtorno, caracterizado por um luto intenso e persistente que afeta a qualidade de vida, pode ser desafiador de tratar.
O ensaio clínico randomizado foi realizado com 100 participantes, com idades entre 18 e 70 anos, diagnosticados com transtorno do luto prolongado. Os participantes foram divididos em dois grupos: um recebeu TCC-Luto e o outro TCBM, ambos em sessões individuais de 90 minutos, uma vez por semana, durante 11 semanas. O estudo foi conduzido em uma clínica de estresse traumático em Sydney, Austrália, e incluiu um seguimento de seis meses após o tratamento.
A TCC-Luto incluiu sessões de recordação de memórias do falecido, reestruturação cognitiva e planejamento de atividades sociais e positivas. A TCBM, por sua vez, utilizou exercícios de mindfulness adaptados para tolerar o sofrimento relacionado ao luto.
Os resultados mostraram que, após seis meses, os participantes do grupo TCC-Luto apresentaram uma redução significativamente maior na gravidade do transtorno do luto prolongado, medida pela escala PG-13, em comparação com o grupo TCBM (diferença média de 7,1 pontos). Além disso, o grupo TCC-Luto teve maiores reduções nos níveis de depressão e nas cognições relacionadas ao luto.
Embora ambos os tratamentos tenham mostrado benefícios, a TCC-Luto demonstrou ser mais eficaz para tratar os sintomas principais do transtorno do luto prolongado e problemas associados. Esses achados sugerem que a TCC-Luto pode ser a escolha mais indicada para o tratamento desse transtorno, considerando todos os fatores.
Fonte: JAMA Psychiatry. DOI: 10.1001/jamapsychiatry.2024.0432.
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