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Uso do smartphone pela mãe pode afetar o desenvolvimento da linguagem do bebê

07 de novembro de 2024 (Bibliomed). As mães tendem a falar menos com os bebês quando estão nos smartphones, indica estudo realizado na Universidade do Texas, nos Estados Unidos. As mães conversavam 16% menos com seus bebês quando eles mexiam no telefone. Intervalos mais curtos de 1 a 2 minutos de uso do telefone interferiram ainda mais na interação mãe-bebê, diminuindo em 26% a fala da mãe com o bebê.

Pesquisas anteriores sugeriram que o uso do telefone pelos pais poderia afetar o desenvolvimento da linguagem da criança. No entanto, a maioria desses estudos envolveu a observação de pais e filhos em experimentos controlados de laboratório. Para se ter uma ideia de como os pais interagem com os bebês no mundo real, os pesquisadores colocaram gravadores de áudio em 16 bebês durante uma semana. Eles então compararam essas gravações com os registros dos telefones celulares, para ver como o uso do smartphone influencia o quanto as mães conversam com seus bebês.

O uso do smartphone causou uma redução nas interações verbais das mães com seus bebês, principalmente se o uso ocorresse em intervalos curtos. Isso pode ocorrer porque o uso do telefone por um curto período envolve atividades não-verbais, como verificar e-mails ou mensagens de texto, enquanto o uso do telefone por um longo prazo envolveria conversas por telefone ou vídeo que aumentariam a quantidade de fala que uma criança ouve.

Além do mais, esse efeito do uso do telefone na fala entre mãe e bebê tornou-se pronunciado em horários específicos do dia: das 9h às 10h; de meio-dia às 13h; e das 15h às 16h. Esses horários coincidem com períodos em que as mães interagem mais com os filhos, como na hora das refeições ou quando os irmãos voltam da escola ou da creche

Segundo os pesquisadores, os pais podem estar subestimando o impacto do uso do telefone no comportamento com os filhos. Pesquisas futuras devem analisar como tipos específicos de uso do telefone afetam as interações entre pais e bebês, disseram os pesquisadores. Também seria bom compreender este efeito durante diferentes atividades como refeições, brincadeiras e amamentação.

Fonte: Child Development. DOI: 10.1111/cdev.14125.

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