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24 de outubro de 2024 (Bibliomed). A amamentação é possível mesmo após o câncer de mama, de acordo com descobertas de dois estudos internacionais liderados por pesquisadores italianos, apresentados na European Society for Medical Oncology Annual Meeting (ESMO 2024), que ocorreu entre os dias 13 e 17 de setembro de 2024, em Barcelona, na Espanha.
O primeiro estudo, chamado POSITIVE, envolveu 518 mulheres (de 116 instituições em 20 países em quatro continentes) com câncer de mama positivo para receptor hormonal que interromperam temporariamente o tratamento hormonal adjuvante para engravidar.
No total, 317 mulheres completaram com sucesso pelo menos uma gravidez e 62% amamentaram. As análises não revelaram diferenças significativas nas taxas de recorrência em 24 meses ou novo câncer de mama entre mulheres que amamentaram e aquelas que não amamentaram (3,6% vs 3,1%).
O segundo estudo envolveu 4.732 mulheres recrutadas de 78 centros internacionais que foram diagnosticadas com câncer de mama em tenra idade e eram portadoras de uma mutação do gene BRCA. Das 474 mulheres que deram à luz, 110 (23,2%) amamentaram.
É importante ressaltar que cerca de metade das mulheres envolvidas no estudo foram submetidas a mastectomia bilateral preventiva antes de dar à luz. Deixando isso de lado, a amamentação não mostrou diferenças significativas entre os grupos em termos de recorrências locais ou desenvolvimento de segundo câncer de mama contralateral (razão de risco de subdistribuição ajustada, 1,08; P = 0,82).
Segundo os pesquisadores esses resultados são encorajadores sobre a viabilidade e segurança da amamentação após câncer de mama em mulheres jovens com mutações BRCA.
Fonte: European Society for Medical Oncology Annual Meeting (ESMO 2024). 13 a 17 de setembro de 2024. Barcelona, Espanha.
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