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Brasil: Nova Gestão da Fiocruz Vai Investir em Políticas de Saúde Pública

São Paulo, 12 de Dezembro de 2000(eHLA). A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), um dos maiores centros de pesquisa do Brasil e referência mundial no estudo de doenças tropicais, tem um novo presidente, o pediatra gaúcho Paulo Buss. Especialista em saúde pública, Buss pretende ampliar a difusão das descobertas científicas à população. “Vamos investir cada vez mais não somente em pesquisas que envolvem tecnologias de ponta, como também em estudos clínicos e políticas de saúde pública. Esses são, ao meu ver, os três grandes blocos das pesquisas científicas. Não adianta dispormos somente da pirotecnia científica se não fizermos investigações necessárias para que elas beneficiem a população”, explica o médico.

Hoje, a fundação tem cerca de 1.400 projetos de pesquisa em andamento, nas mais variadas áreas. Um dos projetos da Fundação, com início previsto para o ano que vem, é o mapeamento genético do parasita causador da malária, doença que afeta 600 mil pessoas no Brasil anualmente. “Trata-se de um projeto que exige muita tecnologia, mas que também ajudará a desenvolver medicamentos específicos para tratar a infecção, comum em países tropicais e em desenvolvimento como o nosso”, acrescenta Buss. Segundo ele, a entidade pretende buscar verba para mapear o genoma da malária junto a duas instituições: o Banco Mundial (BIRD) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Outra meta da Fundação é, até 2004, ajudar o Brasil a buscar a auto-suficiência em sua produção de vacinas. Hoje, das 350 milhões de doses consumidas por ano no País, de 25% a 30% vêm do exterior. “A Fiocruz, através de Bio-Manguinhos, é a maior produtora brasileira de vacinas, com a fabricação de imunizantes contra febre amarela, sarampo, poliomielite e meningite. Queremos ampliar este trabalho significativamente”, diz o presidente.

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