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26 de setembro de 2024 (Bibliomed). As taxas de mortalidade materna nos Estados Unidos continuam a exceder as de outras nações ricas, com a maioria das mortes que ocorrem durante a gravidez e o parto sendo evitáveis.
Segundo relatório da Commonwealth Fund, em 2022, as mulheres norte-americanas tiveram uma taxa de mortalidade por complicações na gravidez e no parto de 22 mortes por 100.000 nascidos vivos. Esta é uma taxa que é mais do que o dobro e, por vezes, o triplo da de outros países ricos. A título de comparação, em 2022 a Noruega não registrou nenhuma morte materna.
O relatório mostrou que, nos Estados Unidos, as mulheres negras têm a maior taxa de mortalidade materna, com quase 50 mortes por 100.000 nascidos vivos.
Para o estudo, os investigadores avaliaram a saúde materna em 14 países: Estados Unidos, Austrália, Canadá, Chile, França, Alemanha, Japão, Coreia, Países Baixos, Nova Zelândia, Noruega, Suécia, Suíça e Reino Unido.
Cerca de dois terços (65%) das mortes maternas nos Estados Unidos ocorrem após o nascimento e mais de 80% são evitáveis. Sangramento grave, pressão alta e infecção são as principais causas de morte materna na primeira semana após o parto. Nas semanas e meses subsequentes, o enfraquecimento do músculo cardíaco é a causa mais comum de morte materna.
Em comparação com outros países, as mulheres dos EUA são as menos propensas a ter apoios sociais para ajudar a sua saúde, como visitas domiciliárias e licença remunerada garantida. Outros países garantem pelo menos uma visita de uma parteira ou enfermeira nos primeiros 10 dias após o parto.
Além disso, todos os outros países de rendimento elevado exigem pelo menos 14 semanas de licença remunerada do trabalho após o parto, sendo que a maioria exige mais de seis meses.
Outro fator levantado pelo relatório é a escassez de profissionais de saúde. Por exemplo, os Estados Unidos têm apenas 16 parteiras por cada 1.000 nascidos vivos, e o Canadá tem ainda menos, com 13 parteiras por cada 1.000. Todos os outros países têm duas a seis vezes mais, exceto a Coreia.
Fonte: Commonwealth Fund, Insights into the U.S. Maternal Mortality Crisis: An International Comparison.
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