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28 de agosto de 2024 (Bibliomed). Bebês que nascem por cesariana poderiam precisar de duas doses de vacina contra sarampo para produzir anticorpos, indica estudo realizado na China. Já em crianças nascidas por parto normal, uma só dose aprece ser necessária.
O sarampo é uma doença altamente infecciosa e mesmo as baixas taxas de falha da vacina podem aumentar significativamente o risco de um surto, afirmaram os pesquisadores. Antes da introdução da vacina contra o sarampo em 1963, o sarampo causava cerca de 2,6 milhões de mortes por ano. A doença começa como um resfriado acompanhado de uma erupção cutânea distinta e pode levar a complicações graves como cegueira, convulsões e morte.
Para o estudo, os pesquisadores usaram dados de um estudo com mais de 1.500 crianças em Hunan, na China, que coletou amostras de sangue delas a cada poucas semanas, desde o nascimento até os 12 anos de idade. Os resultados mostraram que cerca de 12% das crianças nascidas de cesariana não tiveram resposta imunológica à primeira vacina contra o sarampo, em comparação com 5% das crianças nascidas de parto normal. Como consequência, muitas crianças cesarianas não tiveram proteção contra o sarampo após a primeira vacinação.
Os pesquisadores suspeitam que a taxa de falha entre os bebês de cesariana se deve a diferenças nos micróbios transferidos da mãe para o bebê durante o parto. O parto vaginal tende a transferir uma maior variedade de micróbios da mãe para o bebê, o que pode proteger o sistema imunológico.
Fonte: Nature Microbiology. DOI: 10.1038/s41564-024-01694-x.
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