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Finasterida pode ajudar a reduzir risco de doenças cardíacas

03 de julho de 2024 (Bibliomed). Um estudo realizado pela Universidade de Illinois em Urbana-Champaign sugere que o medicamento finasterida, utilizado para tratar a calvície masculina e o aumento da próstata, pode proporcionar um benefício adicional: reduzir o colesterol e diminuir o risco geral de doenças cardiovasculares.

A finasterida, medicamento comumente prescrito para tratar hiperplasia benigna da próstata e calvície masculina em homens cis e, mais recentemente, em pessoas trans, pode ter um impacto positivo na saúde cardiovascular. Pesquisadores examinaram o efeito da finasterida na aterosclerose usando camundongos deficientes em receptor de lipoproteína de baixa densidade (LDL). Os resultados mostraram que a finasterida reduz o colesterol total no plasma e retarda o desenvolvimento da aterosclerose nesses camundongos.

A pesquisa, publicada no Journal of Lipid Research, encontrou correlações significativas entre o uso de finasterida e níveis mais baixos de colesterol em homens que participaram da Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição entre 2009 e 2016. Em camundongos que receberam doses elevadas de finasterida, os pesquisadores observaram reduções no colesterol total do plasma, progressão retardada da aterosclerose, menor inflamação no fígado e benefícios relacionados.

Além disso, ao analisar dados da Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição entre 2009 e 2016, os pesquisadores encontraram evidências de que homens que relataram o uso de finasterida apresentaram níveis mais baixos de colesterol e LDL-colesterol no plasma em comparação com aqueles que não tomaram o medicamento.

Os estudos revelaram que a finasterida também reduziu a monocitose, a recrutamento de monócitos para a lesão, o conteúdo de lesões de macrófagos e a área do núcleo necrótico, indicando uma menor vulnerabilidade das placas em humanos.

Análises de sequenciamento de RNA mostraram uma diminuição nas vias inflamatórias e um aumento no metabolismo dos ácidos biliares, na fosforilação oxidativa e nas vias de colesterol no fígado dos camundongos que tomaram finasterida.

Esses resultados sugerem que a finasterida pode ser uma opção de tratamento potencial para retardar o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, melhorando o perfil lipídico do plasma. No entanto, mais pesquisas são necessárias para confirmar esses achados e entender completamente o impacto da finasterida na saúde cardiovascular humana.

Fonte: Journal of Lipid Research. DOI: 10.1016/j.jlr.2024.100507.