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05 de junho de 2024 (Bibliomed). Idosos podem ter quase duas vezes mais probabilidade de ter mais placas amiloides se, no ano anterior à sua morte, vivessem em locais com elevadas concentrações de poluição por partículas causadas pelo trânsito, é o que indica estudo realizado na Emory University, nos Estados Unidos.
Para o estudo, os pesquisadores examinaram o tecido cerebral de 224 pessoas que doaram seus cérebros no momento da morte para contribuir com a pesquisa sobre demência. As pessoas morreram com uma idade média de 76 anos. Eles mediram os níveis de placas amiloides e emaranhados de tau no cérebro das pessoas, que são dois dos principais sinais da doença de Alzheimer.
Os pesquisadores então analisaram a quantidade de poluição do ar nos endereços residenciais dos pacientes, todos morando em Atlanta ou perto dela. Maiores exposições à poluição do ar estavam fortemente ligadas a mais placas amiloides, com aqueles com maior exposição nos três anos anteriores à morte tinham 87% mais probabilidade de apresentar níveis mais elevados de placas.
Além disso, a associação foi independente da presença da principal variante genética associada a um maior risco de doença de Alzheimer, APOE e4. Aqueles sem esta variante genética apresentaram a relação mais forte entre a poluição do ar e os sinais da doença.
Segundo os autores, isso sugere que fatores ambientais, como a poluição do ar, podem contribuir para a doença de Alzheimer em pacientes nos quais a doença não pode ser explicada pela genética. Contudo, eles ressaltam a importância de mais pesquisas para investigar os mecanismos dessa relação.
Fonte: Neurology. DOI: 10.1212/WNL.0000000000209162.
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