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Adoçantes artificiais em alimentos processados podem aumentar o risco de depressão

28 de fevereiro de 2024 (Bibliomed). Alimentos e bebidas embalados altamente processados podem ser rápidos, baratos e saborosos, mas novas pesquisas sugerem que também podem aumentar o risco de depressão. Entre os grandes consumidores de alimentos ultraprocessados, o risco de depressão pode aumentar até 50%, concluiu o novo estudo, especialmente quando esses alimentos são adoçados artificialmente.

Realizado por pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, o estudo analisou alimentos de grãos “ultraprocessados”, salgadinhos doces, refeições prontas, sobremesas, molhos, laticínios processados, salgadinhos, carnes processadas, bebidas e/ou adoçantes artificiais. Esses alimentos frequentemente contêm aditivos como corantes, estabilizantes e emulsificantes. Os exemplos incluem a maioria dos chamados 'fast food', biscoitos e batatas fritas.

Os pesquisadores analisaram quase 32 mil mulheres de meia-idade que participaram do Nurses' Health Study II entre 2003 e 2017. Todas foram consideradas livres de depressão no início. Noventa e cinco por cento dos participantes eram mulheres brancas entre 42 e 62 anos de idade.

No final do estudo, pouco mais de 2.100 mulheres foram diagnosticadas com depressão, um número que mais do que duplicou quando se utilizou um padrão de rastreio menos rigoroso. As mulheres cujo consumo de alimentos ultraprocessados as classificou entre os 20% mais ricos também pareciam enfrentar um risco 50% maior de depressão.

Segundo os pesquisadores, embora o estudo tenha encontrado uma ligação entre alimentos altamente processados e depressão, ele não prova causa e efeito. Apenas o teor de adoçantes artificiais – quer sejam encontrados em alimentos ou bebidas – foi associado ao maior risco de depressão. Os resultados mostraram, também, que reduzir o consumo desses alimentos pode diminuir o risco de depressão a longo prazo.

Fonte: JAMA Network Open. DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2023.34770.

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