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Retirada do útero pode aumentar risco de doença cardiovascular

02 de fevereiro de 2024 (Bibliomed). Um estudo de coorte realizado na Coreia do Sul levantou questões sobre a relação entre a histerectomia (cirurgia para retirada do útero) precoce, realizada antes da menopausa natural, e o aumento do risco de doença cardiovascular (DCV) em mulheres. Os resultados indicam que a histerectomia realizada antes dos 50 anos de idade está independentemente associada a um maior risco de DCV, especialmente um acidente vascular cerebral (AVC). Mesmo após excluir mulheres que também passaram por ooforectomia (remoção dos ovários), o grupo de mulheres submetidas à histerectomia apresentou maior risco de DCV em comparação com o grupo que não passou pelo procedimento.

O estudo, que incluiu uma coorte nacional de 135.575 mulheres na faixa etária de 40 a 49 anos, destacou a importância de entender como a histerectomia precoce pode afetar a saúde cardiovascular das mulheres. A pesquisa sugere que as mulheres submetidas a esse procedimento podem experimentar um aumento mais precoce nos níveis de hematócrito e ferro armazenado, o que poderia contribuir para o risco de DCV em idades mais jovens do que o habitual.

No entanto, é importante observar que a incidência de DCV não foi alta neste estudo, levando os pesquisadores a ponderar se uma mudança na prática clínica é necessária.

Embora os resultados forneçam informações valiosas para médicos e pacientes sobre os riscos associados à histerectomia precoce, é fundamental considerar que cada caso é único. As decisões sobre a realização desse procedimento devem ser discutidas em detalhes entre médicos e pacientes, levando em conta os riscos individuais e as necessidades de saúde da mulher.

Fonte: JAMA Network Open. DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2023.17145.

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