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Quais os perfis de risco para automutilação em crianças e adolescentes?

29 de novembro de 2023 (Bibliomed). Os pesquisadores desenvolveram quatro perfis de risco para automutilação grave com base na idade, sexo e condições médicas e psiquiátricas. Das quase 1.100 crianças hospitalizadas por motivos psiquiátricos em dois hospitais infantis de abril de 2016 a março de 2020, 37% estavam lá por automutilação.

Os pesquisadores descobriram que meninos de 10 a 13 anos com TDAH, transtorno bipolar, transtorno do espectro do autismo ou outro transtorno do desenvolvimento tinham 80% mais chances de se envolver em comportamento automutilante grave que requer hospitalização. Enquanto isso, meninas adolescentes de 14 a 17 anos com depressão e ansiedade, transtornos relacionados a substâncias e traumas e transtornos de personalidade e alimentação também apresentavam alto risco de automutilação grave.

Tentativas de suicídio compreenderam a maioria dos comportamentos graves de autoagressão no estudo. Em uma descoberta contraintuitiva, as crianças que estavam em risco moderado de automutilação grave não tinham necessariamente depressão.

Mas nem sempre é fácil identificar os sinais de automutilação em crianças, pois elas escondem as evidências usando mangas compridas para cobrir cicatrizes nos braços ou outros métodos. Ainda assim, dizem os pesquisadores, há algumas coisas a serem observadas, como mudanças bruscas de comportamento, afastamento de amigos e familiares, e deixar de fazer atividades que tinha costume e gostava.

Caso os pais ou responsáveis achem que a criança ou adolescente esteja se mutilando ou com atitudes suspeitas, deve procurar ajuda de profissionais como médicos e psicólogos.

Fonte: Pediatrics. DOI: 10.1542/peds.2022-059817.

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