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Produtos para alisar o cabelo podem afetar a fertilidade feminina

29 de novembro de 2023 (Bibliomed). Uma pesquisa liderada pela Escola de Saúde Pública da Universidade de Boston, nos Estados Unidos, descobriu que os relaxantes capilares, usados para alisar o cabelo, podem afetar a fertilidade.

Esse é um fator com maior probabilidade de afetar as mulheres negras ou hispânicas, uma vez que essas são mais propensas a usarem esses produtos químicos ao longo da vida, com mais frequência e por períodos mais longo, quando comparadas com outros grupos raciais.

Os pesquisadores analisaram dados de pesquisas sobre o uso de relaxantes capilares entre pessoas que planejam engravidar no Pregnancy Study Online (PRESTO). Desde 2013, esse estudo inscreveu pessoas em toda a América do Norte, acompanhando-as desde antes da concepção até seis meses após o parto. O olhar atual sobre relaxantes capilares incluiu mais de 11.000 participantes com informações sobre o uso desses produtos de 2014 a 2022.

As participantes que relataram ter usado relaxantes eram mais propensas a serem mais velhas, ter menor escolaridade e renda anual, IMC mais alto, fumar, ser solteira e residente nos estados do sul dos EUA. Essas mulheres também demoravam mais tempo para conseguir engravidar.

O uso de relaxantes capilares, tanto atual quanto anterior, foi maior entre as participantes negras, seguido pelas participantes hispânicas. Mais da metade das participantes negras disseram que usaram seu primeiro relaxante antes dos 10 anos. Isso comparado a 1% e 17% entre outros grupos raciais e étnicos.

As participantes que usaram relaxantes por pelo menos 10 anos ou pelo menos cinco vezes por ano tiveram as menores taxas de fertilidade. Os resultados do estudo não mostraram padrões claros de resposta à dose. Os pesquisadores também descobriram que o uso atual e anterior de relaxantes capilares, maior frequência e duração do uso e queimaduras no couro cabeludo por causa dos produtos foram associados a menores chances de engravidar.

Fonte: American Journal of Epidemiology. DOI: 10.1093/aje/kwad079.

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