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Negros sofrem mais com sintomas de Alzheimer

25 de outubro de 2023 (Bibliomed). É seguro dizer que a perda debilitante do controle motor que caracteriza a doença de Parkinson está fadada a prejudicar a qualidade de vida de qualquer paciente. Contudo, uma nova pesquisa da Universidade de Toronto, no Canadá, sugere que a raça tem impacto na qualidade de vida desses pacientes, com negros tendo piores resultados que pacientes de outras raças.

Os pesquisadores se concentraram em mais de 8.500 pacientes atendidos em 19 centros especializados em distúrbios do movimento nos Estados Unidos. Ao todo, 9 em cada 10 pacientes eram brancos, 6% eram hispânicos, 2% eram asiáticos e 2% eram negros.

Pelo menos uma vez entre 2009 e 2020, todos os pacientes foram solicitados a caracterizar o grau de dificuldade que enfrentavam ao tentar realizar tarefas físicas de rotina, incluindo tarefas domésticas, cozinhar e se movimentar em público. Eles também foram questionados sobre ansiedade, depressão, solidão e incapacidade de se comunicar.

Depois de levar em consideração a idade, o sexo, o tempo decorrido desde o diagnóstico e a presença de outros problemas graves de saúde - como diabetes ou pressão alta - cada pessoa recebeu uma pontuação de qualidade de vida. Quanto menor a pontuação, maior a qualidade de vida.

Como um grupo, os pacientes brancos obtiveram uma média de 23. Em comparação, os pacientes negros pontuaram 29, enquanto os asiáticos pontuaram 25 e os hispânicos pontuaram 27.

Quanto ao que está causando as diferenças, os pesquisadores disseram que o estudo não foi projetado para determinar o que poderia explicar a aparente diferença racial, o que não permite com que façam comentários específicos sobre esses fatores. Eles ressaltam que mais pesquisas serão necessárias.

Ainda assim, os pesquisadores destacaram alguns contrastes nas características do grupo de pacientes - incluindo histórico educacional e status de cuidador - que podem desempenhar um papel. Segundo eles, em média, os pacientes brancos obtiveram realizações educacionais mais altas, em comparação com os pacientes negros e hispânicos. Pacientes negros também eram os menos propensos a ter um cuidador regular em casa. Os autores encontraram, também, níveis de renda mais altos entre os pacientes brancos; pontuações de pensamento piores entre outras minorias; e diferenças nos planos de tratamento entre os grupos.

Fonte: Neurology. DOI: 10.1212/WNL.0000000000207247.

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