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Poucos antibióticos novos estão sendo desenvolvidos

04 de setembro de 2023 (Bibliomed). Uma análise de antibióticos em desenvolvimento mostra que muito poucos estão em andamento, particularmente aqueles necessários para atingir patógenos potencialmente perigosos.

A revisão da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra que apenas 12 novos antibióticos entraram no mercado no período de cinco anos de 2017 a 2021. Há 27 em desenvolvimento em ensaios clínicos contra patógenos considerados "críticos", como Acinetobacter baumannii e Pseudomonas aeruginosa.

Desses 27 em desenvolvimento, apenas seis são considerados 'inovadores' o suficiente para serem capazes de superar a resistência a antibióticos. Dois dos seis visam formas de micróbios altamente resistentes a medicamentos.

Os pesquisadores disseram que um antibiótico, Solithroymcin, pode ser usado para tratar pneumonia adquirida na comunidade e outras infecções. Encontra-se em fase de aplicação de novo medicamento, ou seja, passou por testes clínicos e aguarda autorização de comercialização. Outros sete antibióticos estão em fase 3 de estudos, tendo sua eficácia avaliada. Porém, é difícil prever se e quando uma autorização de mercado será concedida para esses medicamentos, porque o fracasso ainda é possível em testes em estágio avançado.

A resistência antimicrobiana, que mata cerca de 5 milhões de pessoas por ano, prejudica desproporcionalmente os pobres, que muitas vezes não têm recursos para acessar antibióticos de segunda linha, mais caros, que podem funcionar quando os medicamentos de primeira linha falham.

As empresas farmacêuticas muitas vezes não são tão motivadas a desenvolver antimicrobianos porque esses tratamentos costumam ser mais curtos e menos lucrativos, disse o relatório da OMS, observando que eles representam uma fração da receita gerada em comparação com tratamentos para câncer e cardiologia.

Fonte: European Congress of Clinical Microbiology & Infectious Diseases.