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É comum dormir mais no inverno

09 de junho de 2023 (Bibliomed). Tenha o indivíduo de hábitos noturnos ou diurnos, os relógios biológicos dos seres humanos são ajustados pelo sol. Teoricamente, mudar a duração do dia e a exposição à luz ao longo do ano pode afetar a duração e a qualidade do sono das pessoas. Mas descobrir como isso se aplica na prática é difícil.

Embora estudos em que as pessoas avaliam seu próprio sono tenham sugerido um aumento na duração do sono durante o inverno, são necessárias medidas objetivas para determinar como exatamente as estações do ano afetam o sono.

Em um novo estudo publicado na revista Frontiers in Neuroscience, pesquisadores alemães recrutaram 292 pacientes que passaram por estudos do sono (polissonografias). Após ajustes na população estudada, restaram 188 pacientes que se enquadravam no protocolo desenhado do estudo. Por exemplo, pacientes que usavam medicamentos indutores do sono foram excluídos da pesquisa.

Embora os pacientes estivessem em um ambiente urbano com baixa exposição à luz natural e alta poluição luminosa, o que deveria afetar qualquer sazonalidade regulada pela luz, os cientistas encontraram mudanças sutis, mas marcantes ao longo das estações. Embora o tempo total de sono pareça ser cerca de uma hora a mais no inverno do que no verão, esse resultado não foi estatisticamente significativo. No entanto, o sono REM foi 30 minutos mais longo no inverno do que no verão.

Sabe-se que o sono REM está diretamente ligado ao relógio circadiano, que é afetado pela mudança de luz. Embora a equipe reconheça que esses resultados precisariam ser validados em uma população que não apresenta dificuldades para dormir, as mudanças sazonais podem ser ainda maiores em uma população saudável.

Os dados sugerem uma variação sazonal na arquitetura do sono, mesmo vivendo em um ambiente urbano e em pacientes com sono perturbado. Se replicado em uma população saudável, isso forneceria a primeira evidência da necessidade de ajustar os hábitos de sono à estação do ano.

Fonte: Frontiers in Neuroscience (2023). DOI: 10.3389/fnins.2023.1105233.

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