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Evolução da melanose nos últimos 20 anos

09 de dezembro de 2022 (Bibliomed). A melanose vulvar é uma alteração pigmentar comum responsável pela maioria das lesões vulvares pigmentadas. Apresenta-se como máculas únicas ou múltiplas assintomáticas ou manchas de tamanho e cor variados que podem ser assimétricas com bordas mal definidas. O diagnóstico diferencial das lesões melanocíticas inclui o melanoma, o que gera ansiedade para os pacientes e para os médicos que diagnosticam a doença e tratam os pacientes.

Um estudo publicado na revista JAMA Dermatology buscou avaliar as características clínicas e dermatoscópicas da melanose vulvar e suas alterações ao longo do tempo.

Neste estudo de coorte de 129 pacientes com melanose vulvar e 5 a 20 anos de seguimento, 67% das lesões melanóticas vulvares apareceram em pacientes na pré-menopausa e 65% de todas as pacientes receberam algum tipo de terapia hormonal; em cerca de 30% dos pacientes, as lesões aumentaram de tamanho e mudaram de cor após a avaliação inicial, mas acabaram se estabilizando. A melanose vulvar é caracterizada por máculas assimétricas, marrom-amarronzadas a pretas, com bordas irregulares de tamanho variável na mucosa vulvar.

O estudo concluiu que o estado hormonal pode desempenhar um papel na patogênese da melanose vulvar; aumento ou alterações pigmentares no espectro marrom-preto sem cores adicionais não foram associados à evolução maligna neste estudo.

Fonte: JAMA Dermatology. DOI: 10.1001/jamadermatol.2020.2528.