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Transplante de fígado de doador vivo é seguro e salva vidas

28 de novembro de 2022 (Bibliomed). Milhares de pessoas morrem todos os anos enquanto esperam por um transplante de fígado. O transplante de doador vivo tem o potencial de salvar muitas dessas vidas, mas permanece subutilizado no mundo, e muito por medo ou desconhecimento do procedimento.

O fígado é um órgão com capacidade de regeneração. Na doação entre vivos, uma parte do fígado de um doador é removida e transplantada para uma pessoa com doença hepática. O fígado restante do doador retorna ao seu tamanho e capacidade normais dentro de alguns meses.

Um estudo da United Network for Organ Sharing (UNOS), nos Estados Unidos, analisou o quão bem as pessoas se saíram após quase 3.000 transplantes de fígado de doadores vivos nos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, e a sobrevida a longo prazo foi "excelente". Nos Estados Unidos, as taxas de sobrevida em um, cinco e 10 anos foram de quase 93%, 83% e 70%, respectivamente.

Entre os riscos da doação intervivos para o doador estão aqueles relacionados à cirurgia, incluindo infecções, coágulos sanguíneos, sangramento, vazamento de bile no abdômen e dor. Para os receptores, além dos riscos da cirurgia, existe o risco de rejeição do órgão transplantado. Por isso, receptores tomam medicamentos para o resto de suas vidas para garantir que seu corpo aceite o novo órgão ou parte do órgão. O risco de rejeição é semelhante em receptores de doadores falecidos e vivos.

Os doadores devem ter entre 18 e 60 anos, saudáveis e capazes de fornecer consentimento informado. Um possível doador passa por uma extensa avaliação médica, sendo que cerca de um terço é considerado apto para prosseguir com o procedimento.

Todo ato de doação tem que ser voluntário e respeitando os critérios e limites judiciais, sendo a venda de órgãos considerado crime.

Fonte: Journal of Hepatology. DOI: 10.1016/j.jhep.2022.07.035.

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