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Vítimas Francesas da Vaca Louca vão à Justiça

Por Brian Love

PARIS (Reuters). Um advogado de duas vítimas francesas da doença de Creutzfeldt-Jakob, uma delas morta e a outra ainda viva, disse na quinta-feira que está abrindo um processo na Justiça por intoxicação, o que deve levar a um julgamento de grandes proporções pelo consumo de carne contaminada com a doença da "vaca louca".

O advogado, representando a família da mulher que morreu e o jovem doente, disse que pretende processar autoridades francesas, britânicas e da União Européia por negligência em relação ao surto da doença durante os anos 80 e 90.

A ação -- primeira do gênero -- ocorre no momento que os líderes políticos da França se empenham em conter o pânico da encefalopatia bovina espongiforme (BSE), nome científico da doença da vaca louca. Cientistas ligaram a moléstia a uma variante do mal de Creutzfeldt-Jakob, uma doença que afeta o cérebro.

A França acabou de proibir os "T-bone steaks" (filés com parte do osso da vaca) e rações de gado suspeitas, depois que supermercados foram forçados a retirar de suas prateleiras a carne bovina potencialmente contaminada pela BSE.

François Honnorat, advogado das famílias de Laurence Duhamel, que morreu aos 36 anos em fevereiro deste ano, e de Arnaud Eboli, de 19 anos, disse que vai encaminhar o processo na sexta-feira.

"O processo cobre uma ampla gama de questões mostrando a falta de ação para limitar a epidemia de BSE e as consequências para humanos, no nível das autoridades francesas, da União Européia e também da Grã-Bretanha", disse Honnorat.

Duas pessoas morreram da doença de Creutzfeldt-Jakob na França. Houve pelo menos 80 mortes na Grã-Bretanha.

Sinopse preparada por Reuters Health

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