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Adolescentes são mais vulneráveis a se viciarem em maconha

10 de agosto de 2022 (Bibliomed). Estudos sugerem que o uso de cannabis por adolescentes pode estar associado a piores resultados cognitivos do que o uso de cannabis por adultos. Pesquisadores investigaram as associações entre o uso crônico de cannabis por adolescentes e adultos, e a função cognitiva em usuários e controles de cannabis. Eles levantaram a hipótese de que o status de usuário estaria negativamente associado à função cognitiva, e essa relação seria mais forte em adolescentes do que em adultos.

Como parte do projeto 'CannTeen', um novo estudo transversal avaliou o desempenho cognitivo em 76 usuários adolescentes de cannabis (idades entre 16 e 17 anos), 63 adolescentes que não usavam a droga, 71 usuários adultos de cannabis (idades entre 26 e 29 anos), e 64 adultos que não usava a droga.

Os usuários usaram cannabis de 1 a 7 dias/semana. Os usuários adolescentes e adultos de cannabis foram pareados em frequência de uso de cannabis (4 dias/semana) e tempo desde o último uso (2,5 dias). Foram avaliadas a memória episódica verbal (MEV), a memória de trabalho espacial (MTE), e a inibição de resposta. Os usuários apresentaram MEV pior do que os controles. Não houve diferenças significativas entre os grupos de usuários em MTE ou inibição de resposta.

Consistente com pesquisas anteriores, houve uma associação entre o uso crônico de cannabis e piora da memória episódica verbal, mas o uso crônico de cannabis não foi associado com memória de trabalho espacial ou inibição de resposta. Não se encontraram evidências de maior vulnerabilidade do adolescente ao comprometimento cognitivo relacionado à cannabis.

Fonte: Psychopharmacology. DOI: 10.1007/s00213-022-06169-7.

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