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Aconselhamento Estimula Amamentação em Países Pobres

NOVA YORK (Reuters Health) - Em países em desenvolvimento, os benefícios da amamentação vão além dos anticorpos e da composição nutricional ideal do leite materno, protegendo os bebês de possíveis suprimentos de água contaminada.

Em Bangladesh, porém, poucas mães alimentam os filhos exclusivamente com o leite materno. Agora, pesquisadores afirmam que conselhos de outras mulheres que amamentaram são uma maneira simples de estimular mais mulheres a amamentar, podendo melhorar a saúde muitas crianças.

Segundo trabalho publicado na edição de 11 de novembro da revista Lancet, 70 por cento das mulheres, orientadas por conselheiras (que vivem na mesma área) durante o último trimestre da gravidez e depois do parto, amamentaram os filhos durante cinco meses comparadas a 6 por cento das que não foram aconselhadas.

"A recomendação das conselheiras é altamente efetiva na promoção da amamentação", avaliaram Rukhsana Haider, do Centro para Pesquisa em Saúde e População, em Bangladesh, e especialistas da escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres.

Os autores observaram que programas realizados em hospitais para estimular a amamentação não atingiram muitas mulheres, já que 95 por cento dos nascimentos ocorre em casa.

Para verificar se o conselho de amigas, colegas e voluntárias poderia ser uma maneira efetiva de atingir muitas dessas mulheres, os pesquisadores compararam as taxas de amamentação entre 363 mulheres que receberam visitas de aconselhamento em casa durante o último trimestre da gravidez e depois do parto e 363 mulheres que não foram aconselhadas. As conselheiras eram mães da região que foram treinadas e também amamentaram os filhos.

"As conselheiras podem efetivamente aumentar o início e a duração da amamentação. Recomendamos a incorporação das conselheiras nos programas de saúde para a mãe e a criança em países em desenvolvimento", concluíram os pesquisadores.

Sinopse preparada por Reuters Health

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