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Uso de telefone celular não está relacionado a tumores cerebrais

09 de maio de 2022 (Bibliomed). O debate sobre se o uso de telefones celulares aumenta o risco de desenvolver um tumor cerebral foi recentemente alimentado pelo lançamento da quinta geração de tecnologias sem fio. Em um novo estudo, pesquisadores atualizaram o acompanhamento de um estudo prospectivo em larga escala sobre a associação entre o uso de telefone celular e tumores cerebrais.

Durante o período 1996-2001, 1,3 milhão de mulheres nascidas em 1935-1950 foram recrutadas para o estudo. As perguntas sobre o uso do telefone celular foram feitas pela primeira vez no ano mediano de 2001 e novamente no ano mediano de 2011. Todos as participantes do estudo foram acompanhadas por meio de vinculação de registros aos bancos de dados dos Serviços Nacionais de Saúde sobre óbitos e registros de câncer (incluindo tumores cerebrais não malignos).

Durante 14 anos de acompanhamento de 776 a 156 mulheres que completaram o questionário de 2001, um total de 3.268 tumores cerebrais incidentes foram registrados. Os riscos relativos ajustados para sempre versus nunca o uso de telefone celular foram 0,97 para todos os tumores cerebrais, 0,89 para glioma e não estatisticamente significativamente diferente de 1,0 para meningioma, tumores hipofisários e neuroma acústico. Comparado com nunca usuários, não foram encontradas associações estatisticamente significativas, globalmente ou por subtipo de tumor, para uso diário de telefone celular ou por ter usado telefone celular por pelo menos 10 anos.

Tomando o uso em 2011 como linha de base, não houve associações estatisticamente significativas com falar por pelo menos 20 minutos por semana ou com pelo menos 10 anos de uso. Para os gliomas que ocorrem nos lobos temporal e parietal, as partes do cérebro com maior probabilidade de serem expostas a campos eletromagnéticos de radiofrequência de telefones celulares, os riscos relativos foram ligeiramente abaixo de 1,0.

Portanto, estes achados apoiam a evidência acumulada de que o uso de telefones celulares em condições usuais não aumenta a incidência de tumores cerebrais.

Fonte: JNCI: Journal of the National Cancer Institute. DOI: 10.1093/jnci/djac042.

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